Nos últimos anos, a mídia, em suas inúmeras formas, alcançou um intenso desenvolvimento e, em alguns casos, chega a ser o único meio de informação a que as pessoas têm acesso. Assim, ela propaga ideologias, que influenciam as ações das pessoas. Atrelado a tal questão, nos dias atuais, a sociedade estabelece padrões de normalidade. Tais padrões são impostos às pessoas como requisitos de aceitação social. É nesse contexto que ocorre uma tendência excessiva de preocupação com o corpo e com padrões estéticos. Diante desse cenário, a mídia televisiva exerce um papel fundamental na reprodução desses padrões, na medida em que ela propaga os ideais corporais e estéticos a serem seguidos.
Para tanto, a mídia televisiva se utiliza de diversos representantes, dentre os quais se destacam, modelos, atores e atrizes. Eles, geralmente, exibem corpos esculturais, o que influencia as pessoas. Com isso, eles tornam - se o referencial de beleza da sociedade contemporânea. Contudo, essa ação não se limita aos aspectos corporais, mas também abrange as vestimentas e outros fatores. Por intermédio de suas novelas, series e programas, ela também exibe diversos tipos de roupas, cortes de cabelo e estilos. E, como a maior parte das pessoas não tem consciência dessa ideologia subjacente que é repassada pela mídia televisiva, a reproduz. Isto é, por meio de um processo inconsciente, na maior parte dos casos, as pessoas reproduzem as ideologias propagadas pela mídia.
Com a pretensão de atingir o padrão estético de beleza imposto pela mídia televisiva, as pessoas recorrem a diversos procedimentos, tais como: dietas de emagrecimento, cirurgias, tratamentos estéticos, etc. Além disso, elas reproduzem diversas vestimentas, cortes de cabelo e estilos. Tal situação ocorre a fim de conseguir a aceitação social. Em outras palavras, caso as pessoas não reproduzam esses ideais, elas são excluídas socialmente. Nesse sentido, os ideais de beleza disseminados pela mídia passam a funcionar como requisito de inserção social. Ou seja, um recurso de diferenciação e de status.
Silvio Profirio – Aluno do Curso de Letras da UFRPE
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